Episódios como “chuck vs the Coup d´etat" são possíveis de definir com uma só palavra: estrutura.
Realizado por Robert Duncan McNeil(dos mais veteranos da série)e edição de Matt Barber, é também o primeiro episódio escrito pela nova argumentista da trupe, Kristin Newman.
Juntos, conseguem estruturar algumas pontas soltas que o último episódio deixou, tendo como pretexto, um livro de auto-ajuda. Irónico e eficaz :)
O episódio começa onde “vs the cubic z” termina, com Chuck e Morgan a discutir se o “anel intruso” poderia ou não transformar-se num pedido de casamento à Sarah.
O “outro”, ou seja, Morgan deixa a dúvida no ar e sentencia: falta comunicação entre o casal e a solução passa por um livro de auto-ajuda(engraçado ver Morgan como “conselheiro matrimonial”, mas não mais de Ellie e Awesome, mas sim de Chuck e Sarah).
O regresso à Costa Gravas(e seus personagens que ficamos a conhecer em “chuck vs the angel de la muerte”)era suposto ser tranquilo, seguro. Umas férias em família.
Mas nada pior que o coração ferido de uma mulher(a senhora Goya)que esta prestes a provocar o caos na vida dos Bartowski´s e dos Goya.
Este escape serve de mote para conduzir a história até ao confronto final entre o Generalíssimo Allejandro Goya(excelente regresso de Armand Assante ao programa, com uma abordagem bem mais leve)em meio há um “golpe de estado” criado pela sua mulher que, com o “tal” livro de auto-ajuda como pano de fundo, permite há um determinado Chuck a resolução do problema como se de uma retrospectiva se tratasse, ao fazer um paralelo entre o casal Goya e seu relacionamento, sem perder de vista o futuro com Sarah, claro, à escuta e activa na conversa!
Ah…alguém reparou no rezingão Chuck, após aplicar um golpe num dos homens de Hortência?Awesome!
Tudo isto oferece um dos melhores episódios centrados na relação Chuck/Sarah onde, por imposição do próprio personagem de Zachary Levi, o tema "conversa entre missões", várias vezes citado em diversos episódios, neste em particular, adquire uma dinâmica diferente, com maior sentido.
Não quero dizer com isto que os "outros assuntos", não estejam carregados de sentido, mas a insistência é moderada(Chuck não é tão...“chato”)e a dúvida imposta pela mudança que uma relação pode ter é muito bem aplicada entre um casal com uma longa relação(os Goya) e um, com uma ainda agora a começar.
A vértice do triângulo termina com um dos finais mais belos que há memória em três temporadas de "Chuck" com Sarah a pronunciar as mais belas palavras que poderiam sair daquela boca. Muito mais válido que(e por vezes banal)"amo-te".
Onde nos leva "...can you hear me Chuck?..." é o afirmar de um amor que longe de dúvidas, quer também certezas, quer crer, quer um futuro.
A cena é memorável, daquelas para rever vezes sem conta!
Hum…há outra também, sorry, não resisto(nem a trupe no local de filmagem, acredito)mas Sarah Walker de biquíni…isso não se faz… :)
Morgan, que tão bem analisa a relação do seu melhor amigo, aqui vê-se na posição de pedir ajuda ao seu "novo pai", Big Mike, e Mr. Big Mike não poderia ser mais claro: "não há braço ou perna que valha mais que o amor de uma mulher", não fosse esta mulher, claro, filha de John Casey.
E finalmente, Alex!
Nos poucos minutos que surge, há brilho em seu sorriso, em seu olhar perante um relutante Morgan, sem palavras. Mas como sempre há um mas...este veio em formato de um beijo de calar a platéia :))
Água na boca foi o que sobrou depois da breve interacção entre Alex-Morgan- Casey.
Não passa nada no filtro do homem. Pobre “barbudo” e já agora, temos história!! :)
E por falar em John Casey, aleluia!
Mais tempo de antena para o grande Adam Baldwin. Nada melhor do que ver seu patriotismo, sua confiança, exaltada pelo outrora inimigo.
Descobrir que “Angel de La Muerte/Vida" ficou duas semanas a morar nas paredes do Palácio de Costa Gravas é hilariante e devolve à Casey o trono que lhe é devido. Parte.
Queremos mais! :)
Quem mais, em plena situação de perigo para, nota, proferir em castelhano “ quem quer morrer primeiro" sem pestanejar. Ah…como não adorar este rezingão...
Ficamos a saber que a extensão das Indústrias Volkoff não tem limites e Costa Gravas não fica atrás do seu poder.
Acentua-se o lado dúbio que “Frost”, também conhecida como Mamma B., terá na história. Estará do lado dos bons ou dos maus? Fiquei com uma ligeira impressão de que este personagem, interpretado por Linda Hamilton, não olhará a meios para justificar seus actos, mas…vou ficar pela dúvida.
Para terminar, soube muito bem ver Ellie perceber que seu “irmão mais novo” cresceu. Que Chuck ama o que faz e isto lhe traz alegria. Ao mesmo tempo uma serena Ellie ouve Chuck ser franco sobre o desaparecimento de Mamma B e que afinal, não largou de todo a vida de espião.
Desfeita a dúvida, “no more lies”.
Enfim, estrutura. A comunicação esta reposta entre personagens e público :)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
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